quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Poema 21


Os meus filhos nasceram em dias perfeitos. O meu coração cresceu cresceu cresceu
e tornou-se abrigo para os acolher. Chegaram frágeis e luminosos, pequenas centelhas
de vida incendiando o mundo. Renovaram a promessa de uma alvorada primordial.
Sei pouco sobre as crianças. Mas encanta-me a sua ingenuidade e a sua forma atrevida
de fazer perguntas. Desarrumam o meu mundo e deixam as coisas num outro lugar
onde só elas as sabem encontrar. São sábias e bem mais sensatas do que eu. Colho
dos seus risos e dos seus espantos a pureza para alimentar o coração e dar leveza à alma.


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