quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Poema 05


Espero pacientemente que me cresçam as asas e me seja concedida a leveza dos pássaros.
Não me conformo com a aritmética das horas, dos dias, das semanas, dos meses, dos anos.
É impossível fazer luto dos vivos. E eu sinto-te viva, completa e intensa dentro de mim.
Espero o súbito. Algo que me apanhe desprevenido. Uma voz que chame pelo meu nome,
um olhar quente e familiar, um subtil toque no ombro, um entrelaçar de corpos num abraço.
E, por brevíssimos momentos de insensatez, deixo que o desejo me incendei o sexo,
enquanto te imagino completamente nua, enquanto te recordo detalhadamente o corpo.

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