quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Poema 09
Pudesses mesmo assim saber o lugar e o momento e encontraria talvez um refúgio,
entrepondo a voz entre corpo e a alma, invocando um a um todos os rituais
de iniciação da sensibilidade para a dor. As florestas que os meus gestos contêm
e a luminosidade do verbo que conjugo quando abandono o meu corpo aos bichos,
esses cruéis portadores de beijos impios e profundos. Talvez prefira fecundar a terra
com o meu sangue a deixar que alguém me descubra enquanto durmo,
enquanto alinhavo na carne e na pedra a minha breve memória epigráfica.
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