quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Poema 08


Marcas-me para a morte urgindo-me com a frescura segregada pela hortelã
e penetras a minha mente com um dedo ardente e perfeito. Devoras o meu corpo
como uma oferenda à devastação das feridas vagarosas. Surpreendes-me
na impossibilidade de converter os signos da terra e do céu em palavras e
esperas que perca a capacidade de me suspender por sobre os abismos.
Procuras o silêncio derradeiro, aquele que me separa de todas as coisas.
Sempre soube o silêncio com uma irremediável sedimentação da morte.


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