quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Poema 12
Vai ficando de nós uma breve história de mágoas. Tudo se resume à memória
dos pequenos momentos de imperfeição, lastro que nos impede de voar,
de sermos animais guiados pela sede. Sussurramos segredos intransmissíveis pelo ar.
Oiço-te pronunciar uma palavra que evoca o fim de todas as coisas. Há palavras
que parasitam a alma, nos roubam a coragem e a vontade. O esquecimento é uma morte
lenta e doce; adormecemos dentro do outro. Talvez nem reparemos nas pequenas flores
que foram esvoaçando do nosso corpo enquanto chorávamos sem motivo aparente.
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