quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Poema 01
Nestes dias imensos de outono alimento-me pacientemente de poemas,
de fotos antigas e de cartas de amor. Hiberno no aconchego da memória
de um sol permanente, do riso das crianças e dos momentos infinitos.
Respiro devagar para conter a voz e para sentir o coração ainda entorpecido.
O corpo reduzido a um ponto microscópico é mais fácil de esconder.
Só as sombras e as cicatrizes o denunciam. Estou exausto de mim.
Prevejo que o inverno chegará de forma repentina, irremediável e definitiva.
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