terça-feira, 26 de março de 2013

Poema 24


Busco refúgio para o meu coração berbere. Talvez um gesto, uma palavra, um oásis.
De ti guardo a memória ancestral do voo dos pássaros em busca do sul. No deserto
todos os caminhos são possíveis, só a sede e as estrelas nos guiam. Minha alma peregrina
busca sua plenitude no horizonte, na caminhada e no reencontro. O mapa da vida
impresso na palma da minha mão. A mnemónica que alimenta quotidianamente
a certeza que trespassa os minutos, os dias, as semanas, os meses, os anos, os séculos.
Em ti sacio a minha sede de água, de luz e de infinito. Em Ti sou mais Eu. Reconheço-te.

Sem comentários:

Enviar um comentário